Desde segunda-feira que a minha professora vem querendo decidir o dia do nosso trabalho de campo. Conversa vai, conversa vem, ela decide que seria hoje, quinta-feira. Pois bem, não foi.
"Tá, bom gente, de certeza, será na sexta", na sexta também não será. Decidiu por fim que será na terça-feira que vem. Só com um detalhe, mudou o horário e a escala de alunos, eu, que estava desde o começo na escala para ir ao hospital realizar a pesquisa, agora não vou mais.
Bom, espero que não aconteça mais nem uma mudança até terça-feira, pois vou aproveitar o tempo vago que a professora me deu para estudar e torcer para que ela não mude outra vez o calendário de trabalho de campo.
"Passarão alguns dias antes que Drogo entenda o que aconteceu.
Será então como um despertar. Olhará à sua volta, incrédulo; depois ouvirá um barulho de passos vindo de trás, verá as pessoas, despertadas antes dele, que correm afoitas e o ultrapassam para chegar primeiro.
Ouvirá a batida do tempo escandir avidamente a vida. Nas janelas não mais aparecerão figuras risonhas, mas rostos imóveis e indiferentes. E se perguntar quanto falta do caminho, ainda lhe apontarão o horizonte, mas sem nenhuma bondade ou alegria.
Entretanto, os companheiros se perderão de vista, um porque ficou para trás, esgotado, outro desapareceu antes e já não passa de um minúsculo ponto no horizonte."
Hoje, como todos os dias de minha rotina, fui para escola. Até aí tudo bem. Só não esperava chegar lá e encontrar um calor infernal, água do bebedouro quente, pessoas suadas (ahhh), sala escura, enfim, todo mundo sem paciência para ficar ali.
Até então, achavámos que era mais uma da Eletroacre, mas, depois de quase uma hora me derretendo de tanto esperar, chegou o aviso de que estavam concertando toda a fiação elétrica do prédio.
Não, tudo bem, eu sei que ligar para cada um dos alunos é pedir demais, porém não custava nada pelo menos colocar um aviso na entrada do prédio. Evitaria de ficarmos quase uma hora esperando por algo que não chegaria tão cedo, ou seja, a energia.
O início do século XIX assinala o momento em que a medicina, criticando seu passado e para justificar sua originalidade, se apresenta como medicina científica. Como caracterizar essa transformação fundamental na organização do conhecimento médico e de sua prática?
Michel Foucault procura responder a essa questão demonstrando que a ruptura que se processou no saber médico não é devida basicamente a um refinamento conceitual, nem à utilização de instrumentos técnicos mais potentes, mas a uma mudança ao nível de seus objetos, conceitos e métodos.
O novo tipo de configuração que caracteriza a medicina moderna implica o surgimento de novas formas de conhecimento e novas práticas institucionais. Esta obra, parte de um projeto de crítica histórico-filosófica às estruturas políticas e epistemológicas que presidem à racionalidade do mundo contemporâneo, descobre, assim, ao nível da medicina, uma trajetória importantíssima para dar conta da constituição das ciências humanas e sociais e da instauração do tipo de poder característico das sociedades capitalista.
Espero ganhá-lo no final do ano, estou anciosa para lê-lo!!
Segundo o site http://pt.wikipedia.org/wiki/T%C3%A9dio, "o tédio é um sentimento, um estado de falta de estímulo ou do presenciamento de uma ação ou estado repetitivo - por exemplo, falta de coisas interessantes para fazer, ouvir, sentir etc".
Por que será que a minha vida se encaixa perfeitamente nessa colocação do wikipédia?
Ai! ai! como é ruim esperar, todos que me conhecem sabem que eu tenho horror de ficar esperando, mas parece que a espera é minha inimiga número 1. Por que tenho de estar sempre esperando?
Eu estou há quase um ano esperando um celular ser lançado no Brasil para poder tê-lo, logo depois, descubro que ainda vou ter de esperar sei lá quanto tempo para poder ganhá-lo.
Espero por um dia ainda ter o prazer de conhecer minha família paterna, espero passar no vestibular de medicina veterinária, espero ganhar um cachorrinho para me fazer companhia nesse momento de solidão em que vos escrevo, por estar à espera de meu marido, que, para variar, está demorando horrores.