Traição

31 de março de 2010 1 comentários

"Escarra nessa boca que te beija"
Augusto do Anjos

Sabe aquelas situações em que você não sabe o que fazer ou falar diante de uma pessoa arrasada? Nesta semana, aconteceu isso comigo.

A Marcela me procurou e, em prantos, desabafou, o namoro de 1 ano e 3 meses tinha acabado porque ela descobrira que sua prima Luisa, a quem ela tinha como uma irmã, estava ficando com Pedro, seu namorado.

Um lance que já rolava há 4 meses e ela nem ao menos desconfiava, porque basicamente, para todos os cantos que eles iam, a Luisa também ia junto. Marcela esperava isso de todos, menos de sua prima, com quem viveu todas a traquinações de infância, todas as descobertas e dúvidas da adolescência.

-Foi um segundo em que os dois ficaram sozinhos, eu só fui ao banheiro e quando voltei... É como se meu mundo tivesse desabando na minha frente, eu nunca mais vou esquecer essa imagem no sofá da minha sala.

-Amiga, eu quero queimar o sofá da minha sala, disse chorando.

Eu disse a ela que, queimando o sofá da sala, tudo que ela viveu de bom com ele até o momento da surpresa, nada disso ia embora com a fumaça.

Tudo que a Marcela precisava naquele momento era de um pouco de carinho e de um ombro para ela lamentar todas as suas angústias que aos poucos pelo tom de sua voz ia se transformando em ódio.

Matar os dois? Não. Marcela é boa demais para tal ato. Apenas passou a ver Luisa e Pedro como dois estranhos que ela não tinha a menor vontade de conhecer. Desprezo e indiferença, é isso que os dois vão receber de Marcela.

Conversamos muito nesse dia, mais ouvi do que falei, tenho certeza de que a deixei um pouco melhor.

O que aconteceu com a minha amiga pode acontecer com qualquer pessoa. Eu mesma já vivi algo parecido, a diferença é que ele terminou comigo primeiro para no outro dia aparecer de mãos dadas com a minha irmã.

Eu não tenho uma opinião formada sobre isso, só acho que o respeito deve estar acima de qualquer coisa.

Marcela, Luisa ou Pedro. Quem foi o culpado?
Para Marcela, isso não importa mais, é passado.

*Nomes fictícios

Eu não existo sem você

30 de março de 2010 8 comentários

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe que a distância não existe

Que todo grande amor
Só é bem grande se for triste

Por isso, meu amor
Não tenha medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham pra você

Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção

Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover

Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver

Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você

(Vinícius de Moraes)

Era tudo que eu queria escrever
mas não fui capaz de tanto

Constelação

29 de março de 2010 2 comentários

Ela não sabia onde estava, tudo lhe parecia estranho,
era como se tudo ao seu redor fosse vazio.
O seu quarto tinha tudo de que ela precisava para ser feliz,
mas naquele instante o tudo era nada.

Ela procurava uma saída, mas não achava;
gritava, mas ninguém ouvia;
sentiu medo.
Pensou em tudo e em todos,
sentiu falta da sua vida.

Ela não entendia por que estava naquele lugar,
e se perguntava o que tinha feito para ser levada para lá,
nenhuma voz, nem mesmo a interior, respodia-lhe.
Ela se sentia vazia.

O lugar não a assustava,
pelo contrário, era um bonito lugar, parecia o espaço,
mas era o fato de ela estar sozinha que a incomodava.

A ida a esse lugar tão diferente que ela fora sem saber ao certo o porquê lhe fez pensar no que a vida pode tirar e oferecer.
Por um instante, ela ficou sem nada,
logo ela que sempre teve de tudo.

- Tá na hora de acordar, você fica tão linda dormindo, sonhando então...

Nossa, ainda bem que tudo não passou de um sonho.

Você sabe usar a internete?

27 de março de 2010 2 comentários

Eu nunca fui viciada em nada, confesso que sei fazer uso das coisas com moderação. Há três anos, ganhei meu primeiro notebook. De início, eu sabia que ele seria muito útil para meus trabalhos escolares, entre outras coisas, por isso tanto o queria.

E fazer pesquisas em lan house não é nada higiênico, só de saber que não sei quantos dedos teclaram ali, arhg!, fico só imaginando as bactérias.

O momento era de facebook, orkut, my space, flickr, msn, enfim, são tantos os meios de comunicação por meio da internete que não consigo citar todos.

E, depois que eu comecei a fazer parte desse mundo de muita utilidades e também de futilidades, afirmo que não sei mais viver sem, não tem um dia sequer que eu fique sem abrir meu notebook, ler as notícias, dar um oi! para quem está on line no msn, atualizar meu blogue, comentar em outros.


E vocês devem estar se perguntado então, ela se tornou uma viciada? Não, graças ao meu senso de saber apreciar outras coisas, um bom livro, por exemplo.


Tenho sim twitter, facebook, orkut, mas, se eu não anotar a senha, até esqueço na hora de entrar de tanto tempo que fico sem passar por lá. A minha média diária conectada - isso quando a internete ajuda - é de umas três horas por dia.

Bom, eu resolvi escrever sobre esse tema, porque quem assisti ao noticiário deve ter visto uma matéria sobre uma lan house que existe no exterior que já tem até cama para as pessoas ficarem mais à vontade enquanto navegam na internete. Se essa moda pega, sei não, oh!


Um outro caso também recente é dos pais que deixaram um bebê em casa morrer de fome, porque passavam o dia e a noite toda em uma lan house jogando, o mais absurdo, o jogo tratava-se de cuidar de um bebê virtual. É o cúmulo do vício.


Saibamos fazer uso das coisas boas que a internete tem e que assim façamos com moderação sem deixar de vivenciar outras coisas.

Não nos tornemos escravos desse universo tão tentador.

Hoje eu tive um dia bom

25 de março de 2010 2 comentários

Um dia perfeito para mim tem de ter chuva e, hoje, parece que a natureza contribuiu para isso.

Acordei cedo - coisa rara - e, com vontade de fazer muitas coisas, hoje eu fui filha, fui criança, fui mulher, fui doméstica, fui leitora e estou sendo escritora agora.

Mas o que tem isso demais? Nada, é, eu também acho, afinal, eu faço isso todos os dias, com exceção de acordar cedo.

O que diferencia essa repetição na minha vida é que tem dias que eu acordo inspirada, sei lá, é como se eu tivesse esperando por algo muito bom e, quando chega o final do dia e nada de tão esperado acontece, eu, nem assim, consigo ficar triste, porque o momento em que esperei foi bom.

Isso é que dá sentido às coisas, saber esperar e fazer o momento da espera algo gratificante.

É como eu me sinto agora, nada de especial aconteceu e eu não estou triste porque hoje eu tive um dia bom.

Ler, ler, ler

22 de março de 2010 2 comentários

"Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não leem."

Mário Quintana

Eu sempre estudei em escola pública. Graças aos meus pais, principalmente à minha mãe, eu sempre tive acesso à educação (limitada), mas sempre fiz por merecer o título de uma das melhores alunas da turma. Filha mais nova de pais semi-analfabetos, hoje eu sei o que a minha mãe sempre teve vontade da saber: LER.

Mas, como a minha mãe ainda tem suas limitações, falar para eu estudar sempre não me foi o bastante, eu precisava de livros, e não os tinha.

Lia basicamente os que eram passados na escola. Sempre tive um gosto pela leitura, que se aprimorou mais ainda quando conheci meu professor de português e de literatura na metade do segundo ano do ensino médio. Ai,ai...

E depois eu fiquei mais próxima ainda da leitura porque eu me casei com meu professor de português e de literatura -hihihihi.

Bom, a verdade é que ninguem precisa se casar com um professor para poder se deleitar na leitura. Eu sinto por eu não ter crescido em volta dos livros, vim começar a ler os não didáticos por volta dos 15 anos de idade e, desde então, a leitura vem fazendo parte da minha rotina, confesso que alguns eu não entendo e tenho de voltar e refazer minha leitura, mas eu não me sinto diminuída por não entender. Afinal conhecimento se adquire ao longo da vida.

Para a idade que tenho, li poucos, mas tento recuperar o tempo perdido sempre que posso lendo pelo menos duas vezes ao dia.

Há quem diga que detesta ler porque é cansativo ou acha chato, que dá sono ou até quem diga que ler não está na moda. Pois saibam, ler não é apenas mergulhar em uma história passada verídica ou fictícia, quem lê adquire conhecimento, a leitura favorece a escrita, a boa dicção, consegue argumentar de maneira entendível, enfim, são vários os benefícios da leitura.

Adquiram o hábito de ler boas coisas e coisas ruins também, mas saibam tirar proveito de tudo.

Devoremos os livros para que a vida não nos devorem primeiro.

Uma carta

21 de março de 2010 3 comentários


É isso mesmo, saudades, falta, ausência. É o que eu sinto na maioria do tempo em que principalmente estou perto de você. Saudades do que passou, falta do que não existe mais e a ausência de algo que eu não sei explicar ao certo o que seja.

Eu sei que estou com você todos os dias e que talvez mais uma vez eu esteja errando ou interpretando - algo que está bom e eu não sei enxergar -, mas eu preciso escrever essas palavras, você sabe que eu não tenho ninguém para desabafar, contar minhas angústias. Desde quando eu me mudei para cá, para esta cidadezinha onde eu não conheço ninguem e ninguem faz questão de me conhecer, deixei família, amigos, deixei para trás outras opções de vida.

Tudo isso por acreditar que com você seria melhor. Eu não estou sendo injusta, seja homem em concordar comigo, concordar que tudo mudou, que existe sim um desgaste emocional muito grande tanto para mim quanto para você.

Sabe em que se transformou o nosso amor? Em uma grande comodidade, isso mesmo, nos acomodamos, nem amigos nós somos mais, porque você não me conta a sua vida, a última revelação que você me fez esfriou mais ainda a nossa relação. Você me entende? ou melhor, você me compreende?

Eu não aguento mais as brigas, as tuas ironias e, principalmente, a tua infinita capacidade de colocar sobre as minhas costas um peso que não é meu: a culpa.

O que eu não entendo é o que te prende a mim. Eu sou livre, você não deve satisfações a minha família. Se os meus defeitos são tão ruins assim, por que você não teve primeiro a coragem que estou tendo agora? Não dá mais, não vou enumerar os teus defeitos e nem os meus, para quê, né? Isso não adiantaria em nada.

Me desculpe, eu não quero me prolongar. Já o fiz muito em sua vida, afinal, 7 anos não são 7 dias. Eu sei que por uma carta não é a melhor forma de se pôr fim a um relacionamento, mas que ironia do destino, não é? Tudo começou por uma carta que eu guardo até hoje, não espero que você faça o mesmo com esta.

Prometo guardar somente os doces e alegres momentos que passei com você. Para que você fique sempre na minha lembraça como "eterno", que é o que você disse que seria na minha vida.

Espero sinceramente que você seja feliz, sozinho ou com outra pessoa, mas que, depois de mim, você reavalie as tuas atitudes. Eu também farei o mesmo.

Com uma imensa tristeza,

Adeus!

Rotina

19 de março de 2010 2 comentários

“A idéia é a rotina do papel
O céu é a rotina do edifício
O inicio é a rotina do final
A escolha é a rotina do gosto
A rotina do espelho é o oposto
A rotina do jornal é o fato
A celebridade é a rotina do boato
A rotina da mão é o toque
A rotina da garganta é o rock
O coração é a rotina da batida
A rotina do equilíbrio é a medida
O vento é a rotina do assobio
A rotina da pele é o arrepio
A rotina do perfume é a lembrança
O pé é a rotina da dança
Julieta é a rotina do queijo
A rotina da boca é o desejo
A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza
Toda rotina tem a sua beleza.”

(Desconhecido)

Às vezes, melhor dizendo, sempre, eu falo o que vem à minha cabeça, e com a escrita não é diferente. No blogue, por exemplo, eu escrevo tudo o que eu sinto, as minhas dúvidas, as minhas certezas, enfim, tudo que eu vivo ou quase tudo afinal é Uma vida que se conta.

Só que depois de postado eu leio e começo a repensar sobre o que eu escrevi. Às vezes, acho que falei bonito. Às vezes, eu acho que só falei #%$¨&%. Às vezes, eu acho que exagero, como no post anterior Presa pela vida, quem lê pensa que eu tô com uma corda no pescoço preste a me suicidar mas não é, é que eu sou muito emotiva e, na maioria das vezes, eu me deixo levar pelas emoções, não que o que eu escrevo seja mentira, nada disso, digamos que eu seja muito dramática e reclamona.

Bom, o que eu quero dizer com todo esse falatório é que a rotina faz parte de nossas vidas, em umas, mais; em outras, menos, mas sempre vai existir. O que temos de fazer é saber reconhecer o lado bom dela. Agradecer a Deus por estar com saúde, por ter amigos, por ter um amor, por ter o que vestir, o que comer, o que beber, o que...

É nesses momentos deprê que você tem de olhar para dentro de si e se perguntar: a minha vida é tão ruim assim? será que eu não estou exagerando? ou sendo injusta comigo ou com quem realmente se importa comigo?

Eu pensei e me reavaliei:

"A rotina do caminho é a direção
A rotina do destino é a certeza
Toda rotina tem a sua beleza".

Presa pela vida

17 de março de 2010 3 comentários

A minha vida já não é uma coisa que se possa dizer "oh!, que vida maravilhosa, cheia de acontecimentos", e nos últimos dias então...
Só tenho tido raivas, dores de cabeça, tédio, muito tédio. Mas também o que pode acontecer com alguem que fica 24h dentro de quatro paredes?

Nem a minha leitura diária consegue mais me transportar para fora dessa minha realidade imposta a mim.

Eu preciso arrumar uma maneira de sair dessa solidão intediante que me atormenta.
Eu preciso de algo que me faça rir de verdade e com vontade.
Eu preciso dar um sentido para a minha existência.
Eu preciso colorir o que já está em preto e branco há muito tempo.
Eu preciso viver de verdade.

Porque, há 23 anos, eu só vejo a minha vida passar sem deixar graça nenhuma pelo caminho.

Pela última vez...

# 1 comentários

nosso último estágio, juntas

*-*Lu, eu e Fanny *-*
,
Amigas, sentirei saudades.

Um filme

14 de março de 2010 2 comentários


Durante a Segunda Guerra Mundial, uma família alemã se muda de Berlim para Auschwitz, quando o patriarca é ordenado a trabalhar em um campo de concentração. Assim, Bruno, um garoto de 8 anos e filho do oficial, começa uma linda amizade com um menino judeu da mesma idade. O filme mostra o modo como o preconceito, o ódio e a violência afetam pessoas inocentes, especialmente as crianças.

Triste, trágico e poético.
Eu indico.

Mais uma vez...

8 de março de 2010 3 comentários

doente, isso mesmo, eu tenho que tomar um banho de sal grosso ou procurar aumentar a imunidade do meu organismo. Em três meses, já fiquei doente duas vezes; por ano, eu até perdi as contas.

mal-estar;
dor de cabeça;
dor no corpo;
dor nas amigdalas;
moleza generalizada;
febre; e
gripe, muita gripe.

Tudo isso me fazem passar o dia todo na cama.

disposição;
carinho;
atenção;
dengo;
muitos beijinhos;
comida na boca; e
remédios

Tudo isso é de que eu preciso para levantar da cama.

Até quando eu melhorar!

Parabéns

5 de março de 2010 3 comentários


Amor, sei que isso é pouco e que você merece muito mais, mas hoje o que eu tenho a te ofertar são minhas humildes e breves palavras. Te conheço há mais de 7 anos, estou contigo há quase 5, sei e posso afirmar o grande ser humano que você é, cheio de defeitos como qualquer outro, mas com qualidades incomparáveis.

Aldoro teu jeito de sorrir para mim, sempre.
Aldoro quando você me mima, dizendo que sou única na tua vida.
Aldoro o jeito como você tem paciência comigo quando nem eu mesma me suporto.
Aldoro cuidar de ti quando está enfermo.
Aldoro estar contigo seja lá onde for; se estou com você, estou bem.
Aldoro dormir e acordar com você todos os dias - são manhãs que se renovam -.
Aldoro quando você me busca nas minhas tentativas fracassadas de sumir.
Aldoro a tua vida.

Aldo...

Te admiro por sua força em transformar a vida do outro, inclusive, a minha,te agradeço por tudo, te admiro por você não abaixar a cabeça diante dos que te confrontam e nem se comparar à maioria - você é único -.
E saiba, o aniversário é seu, mais quem ganha o presente todos os dias sou eu, por ter você ao meu lado.

Parabéns, meu amor, que você possa ter uma vida longa para que o teu desejo se realize.

Te amony!

Um pouco melhor

4 de março de 2010 1 comentários

Eu quero agradecer às pessoas que leram meu post "medo" e passaram a mim uma palavra amiga. Confesso que, quando escrevo, não espero comentários, pois sempre acho que ninguém se importa comigo, e o objetivo de eu escrever é justamente desabafar o que não consigo mais guardar dentro de mim.

E, quando percebo que pessoas tão próximas a mim não me entendem e não conseguem enxergar o que sinto, me surpreendo com comentários de pessoas que só conheço virtualmente, mas que são de grande valor para mim. Obrigada por cansarem seus dedinhos, eles me fizeram menos triste.

E, para contrariar o meu medo, achei esse texto, mais uma vez, de Clarice, ei-lo:

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo a ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz a ponto de nem conseguir fechar os olhos.

Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim a ponto de querer sumir.

Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.

Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.

Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.

Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais a ponto de confundir com a realidade... já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".

Já caí inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro por ele levar embora quem eu amava.

Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que vou dizer:

- E daí? EU ADORO VOAR!

Medo

2 de março de 2010 5 comentários



Hoje, eu senti medo, medo do que sou, medo do que eu posso ser ou me tornar, medo de ficar sozinha na vida, medo de perder minha família, medo de perder as poucas amizades que tenho, medo de perder a esperança em mim. Uma sensação estranha, como se algo de ruim estivesse pra acontecer me tomou o corpo como de súbito, arrepios, frio na barriga, vontade de chorar e, chorei, chorei na solidão de meu quarto como se tudo que senti medo de perder, tivesse realmente acontecido.


Eu sempre fui uma pessoa muito sozinha. Desde a minha infância eu carrego sentimentos que até hoje não consegui me libertar, o medo é um deles. As vezes, parece que ele se cansou de mim e, quando eu penso que estar tudo bem que nunca mais vou sentí-lo e que já até posso durmir de luz apagada... ele volta e causa um estrago ainda maior. Já me disseram que é tudo coisa da minha cabeça que sou insegura que preciso confiar mais em mim mesma, mas eu não sei...


E, enquanto eu me sentir assim... o meu consolo é um abraço bem apertado de quem eu amo.