A marca física some; a da alma, jamais

5 de junho de 2010

De uns anos para cá, eu tenho sido considerada a ovelha negra da família, eu não me importo. Afinal, desde quando eu comecei a ter um certo intendimento sobre as coisas, eu comecei a me isolar de tudo que me causava dor e tristeza, me tornei uma pessoa antissocial, mas eu nunca deixei de ter sentimento e de sofrer em silêncio trancada no meu quarto.

Família não se pode escolher, nasce-se em uma e fica-se até o final da vida. Amo e dou minha vida pelos meus pais, porém a passividade deles às vezes me assombra. Quando o filho cresce, ele faz suas próprias escolhas, e que na maioria das vezes os pais não podem opinar e deixar o filho cometer seus erros e acertos é o mais correto.

Já sofri muitas injustiças durante 23 anos de vida e boa parte delas dentro da minha própria casa, isso nunca mudou muito a minha forma de pensar e de agir, até o momento de um pulha, calhorda, mau-caráter, moleque, pilantra, cínico, enfim, gastaria todo o vocabulário descrevendo essa criatura que chegou e se epalhou na minha casa, ou melhor, na casa de minha mãe, e que conseguiu despertar em mim um sentimento que jamais pensei em sentir por alguém: o ódio.

Um ódio que hoje me faz perder a calma e me leva a um extremo que até eu desconheço, mas que tenho de aprender a torná-lo frio tal qual a frieza de alguns homens que entraram para história.

04/06/2010. A pior noite da minha vida. Noite também em que nasceu uma nova pessoa dentro de um corpo de alma passiva, calma, que aguenta tudo de cabeça baixa, que só sabe chorar quando o momento pede razão.

Não, eu não vou deixar de ser assim, pois acredito que essa minha personalidade tenha me levado a muitas coisas boas também, todavia sustentarei com todas as minhas forças algo que me defenda dessa podridão que se apossou da minha família.

Talvez essa minha atitude me afaste do que eu defendo hoje, mas continuarei em respeito primeiramente à minha dignidade e depois à pessoa que eu amo e que sofreu muito para me defender.

Enfim, já falei demais, o momento agora é para pensar e repensar nas atitudes do meu outro EU.

5 comentários:

Rebeca Rocha opinou...
Nossa, que tenso :x
Clara Alvarenga opinou...
óo

Espero que consiga superar e se sustentar frente a essa pessoa.

Fiquei meio sem palavras. óo Só te desejo ue tudo dê certo.

Bjos no coração! =****
Mony opinou...
Rebeca, isso tudo é muito tenso mesmo.


Clara, obrigada pelas suas palavras, elas sempre me confortam.
Clara Alvarenga opinou...
Oi lindinha,

Que bom que minha palavras te ajudam. =) Academia faz muito bem.. nos faz sentir melhor, mais confiantes, passamos a gostar mais do nosso corpo. Não é algo superficial não, nem procuro por que quero ficar "gostosa". Nada disso.

É um ganho espiritual mesmo.. pelo menos comigo está fazendo muita diferença. =) Se não for com a academia, pode ser com qualquer esporte. Meu irmão, por exemplo, todo o sábado vai para a praia praticar bodyboard, não importa se o mar estiver revolto, ou o tempo frio e fechado. Ele vai porque faz muito bem a ele. =)

Espero que você se sinta melhor.. te desejo tudo de bom! =*** E não traumatize com festas juninas não.. procure não ir naquelas que você sabe que irá se decepcionar. =) Vá em outras, com outras pessoas, outras experiências, outras mentes. ;) Passei a ir em diferentes "festas juninas" na minha vida para superar decepções profundas (que até hoje me afetam e me fazem chorar). Conheci pessoas diferentes, realidades diferentes.. e me senti valorizada. E isso me faz bem. =)

Não é fugir, não penso isso. Apenas não quero ficar dando murro em ponta de faca, pois sei que vou me ferir e as coisas não vão mudar. Assim, é melhor nós valorizarmos aquilo e aqueles que nos fazem bem e que nos dão valor também.

Nossa, falei muito rs. Mas é isso.. nos conhecemos a pouco tempo por blogs, mas tenho um carinho por você já. =***

Um beijo meu e um abraço de urso!!

Clara
Mone Laudelino opinou...
Mony minha querida, é incrivel como somos parecidas, tinhamos que ter o msm nome rs.

Comigo tbm foi assim " eu comecei a me isolar de tudo que me causava dor e tristeza, me tornei uma pessoa antissocial, mas eu nunca deixei de ter sentimento e de sofrer em silêncio trancada no meu quarto".

O que mais é isso: " Vocé é uma pessoa antissocial"... as vezes isso incomoda, mais fazer o q né.

Bjinhos querida, melhoras.